quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hoje é o meu aniversário!



Um ciclo que se fecha ou se inicia? Não sei, ando gritando silêncios que insistem em não calar. Sonhando realidades que não passam de ilusões. Não me defino mais, não me limito a classificações, sou tudo e nada, depende de você.

Sou cheia de duvidas, algumas poucas certezas. Parte de mim é intensidade. A outra é um abismo entre minha intensidade e minha sensibilidade. Entre eu e o mundo. Entre eu e os homens. Eu e Deus...

Questiono meu infinito particular popular e solitário, nele me perco, me acho e volto a me perder, a me encontrar. Parafraseando Clarice: tenho medo dessa desorganização profunda. Mas não me importo! Nesse momento sou só minha. Meus defeitos são fartos e meus.

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Presentinho: "Quisera ser eu não dado ao vicio pagão de ser ateu. Rogaria uma prece por ti pra que a tua vida fosse sempre iluminada como és..."

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu Tive um Sonho



Houve um tempo quando os homens eram amáveis
Quando suas vozes eram suaves
E suas palavras convidativas
Houve um tempo quando o amor era cego
E o mundo era uma canção
E a canção era excitante
Houve um tempo... então tudo deu errado

Eu tive um sonho num tempo que já se foi
Quando esperanças eram elevadas e valia a pena viver
Eu sonhei que o amor nunca morreria
Eu sonhei que Deus estaria perdoando

Então eu era jovem e destemida
Quando sonhos eram feitos e usados e perdidos
Não havia nenhum resgate a ser pago
Nenhuma canção desconhecida, nenhum vinho intocado

Mas os tigres chegaram à noite
Com suas vozes suaves como trovão
Tal como eles rasgam sua esperança em pedaços
Tal como eles transformam seus sonhos em vergonha

Ele dormiu um verão ao meu lado
Ele encheu meus dias de maravilha infinita
Ele fez da minha infância o seu êxito
Mas ele se foi quando o outono chegou

E ainda sonho com ele vindo até a mim
E nós viveríamos juntos os anos
Mas há sonhos que não podem acontecer
E há tempestades que não podemos desafiar

Eu tive um sonho que minha vida iria ser
Tão diferente deste inferno que estou vivendo
Tão diferente agora do que parecia
Agora a vida matou o sonho que tive

terça-feira, 21 de abril de 2009

E não me poupei da poesia...

Nasci pra pintar o Sete. Maquiar Maquiável. Maquinar o Menestrel da minha alma. Calma que não é só isso: Nasci disso e daquilo. Daquela e Daquele. Do colo da mamãe. Dos calos de papai. E não me poupei da poesia. Ou do passo vidente. Não contive meus dentes na tua carne que mordi. Marquei a tua pele.

Mas Eu do meu Ser ainda sou mais. Tem dias que me faço um porto seguro. Tem dias que me curo. Tem dias que sou cara demais. Demarco minhas terras com meu cheiro. Tem dias que me beiro. N'outros vou longe, não olho pra trás. Olho através. Atravesso os avessos. Aí me calo, num lampejo de paz. Mas paz que é paz em mim dura pouco. Sou laica e louca: levo a letra que me refaz. Mergulho em paixões. Passam juras, passam peças de paixão. A paixão me toma. Ela torna a me queimar. Com Sal-Mar, Doce-Rio. Do Céu-Raio faço nuvem branca.

Eu nasci pra cansar a dor que me toca e por vezes me alcança. Nasci densa como quem canta. Nasci canto como quem dança. Nasci do canto, no canto do olhar. Bem no cantinho da parede. Já brinquei com a fome e com a sede do meu coração. Dei piruetas em gordos pulos. Voei com avental de cozinha. Super Pateta. Sem camisa, descalça. Nua em carne-peito-flor-exposta. Tão gesto como quem rege. Tão riso como quem gosta.

Gosto do jeito da noite. Das luzes da noite. Dos laços da noite. Denoto quase nunca. Conoto com febre e caneta. Com notas musicais. Meu Cais que tudo sente. Que tudo sinto. Que livre minto. Que livremente...

São poucos...



Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...

Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...

Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!

Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...

Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...

Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!

Românticos são poucos
Românticos são loucos
Como eu!
Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!

sábado, 18 de abril de 2009

Ó Pai...



Ó Pai
Não deixes que façam de mim
O que da pedra tu fizestes
E que a fria luz da razão
Não cale o azul da aura que me vestes
Dá-me leveza nas mãos
Faze de mim um nobre domador
Laçando acordes e versos
Dispersos no tempo
Pro templo do amor
Que se eu tiver que ficar nu
Hei de envolver-me em pura poesia
E dela farei minha casa, minha asa
Loucura de cada dia
Dá-me o silêncio da noite
Pra ouvir o sapo namorar a lua
Dá-me direito ao açoite
Ao ócio, ao cio
À vadiagem pela rua
Deixa-me perder a hora
Pra ter tempo de encontrar a rima

Ver o mundo de dentro pra fora
E a beleza que aflora de baixo pra cima
Ó meu Pai, dá-me o direito
De dizer coisas sem sentido
De não ter que ser perfeito
Pretérito, sujeito, artigo definido
De me apaixonar todo dia
De ser mais jovem que meu filho
E ir aprendendo com ele
A magia de nunca perder o brilho
Virar os dados do destino
De me contradizer, de não ter meta
Me reinventar, ser meu próprio Deus
Viver menino, morrer poeta

Cuidando de mim...


" ♫ ♪ Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores..
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores..
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores ..
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores..
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho..
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho ..
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho..
Estou podando meu jardim.
Estou cuidando bem de mim.. ♫ ♪ " (Vander Lee)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Logo após o temporal...



O fato é: Viemos aqui para viver e quando for hora de parar, não precisa se preocupar, a morte vai te notificar sobre isso, então enquanto isso a vida não pára. Sabe aquele dia de sol que parecia quase impossível de nascer, visto que nas últimas semanas o que predomina tem sido chuva? Veja, ele está lá. Está lá fora nesse momento, brilhando tanto que parece querer gritar teu nome pra te convidar. Então vá! Vá e não perca tempo, um minuto vai parecer uma vida quando a tua tiver por um fio. Sabe aquele amor que tu acha que nunca vai acabar? Pra sua felicidade, vai acabar sim. Vai acabar assim que tu quiseres que ele acabe, depende somente de ti.
Abre teu coração, dê a ele outra chance, conheça novas pessoas e não obrigue-se a gostar de ninguém, mas não se penitencie se isso vier a acontecer. O coração sempre sabe a hora certa de bater mais forte, se não der certo tenha certeza: Não foi teu coração que errou, o coração do outro é que foi incapaz de ouvir a pulsação - o que não é culpa dele. Ninguém está fadado a corresponder as expectativas de ninguém. Agora veja bem, não é porque não deu certo uma vez que será assim sempre, viva o momento e deixe as coisas acontecerem sem medo algum, quando você menos espera, elas simplesmente acontecem e você vai ver o quanto isso é bom, é só se permitir amar o tempo suficiente e se não for pra ser, vai doer, mas você consegue esquecer.
Sabe o medo? Ter medo é bom. Mas também pode ser bem ruim.
Medos bobos devem ser deixados pra trás. Não tenha medo de ouvir um não, nem de ouvir seu coração, nem de não ouvir ninguém. Se a gente pudesse ter tudo que quer, certamente as coisas todas perderiam a graça! Conselho é bom, mas só se partidos de você mesmo! Você sabe a tua situação, sabe de toda a verdade e de todos os problemas e besteiras que você viveu. Alguém que te ama pode sim opinar, mas você só vai concordar se for de acordo com o que você sente, então pra quê pedir conselho? Você sabe o que é certo, sabe o que é errado. Faça você mesmo seus próprios conselhos para si, afinal só você mesmo é quem sabe do que você realmente precisa.
Saiba recomeçar. Ninguém é perfeito, você também não. Algumas coisas só te provarão que devem realmente ser apagadas, outras, no entanto podem te mostrar o quanto poderiam ter sido boas se algo houvesse sido um pouco diferente.
Recomeçar é um dom pra poucos, dom pra quem não tem medo de tentar, então permita-se. Amanhã é o começo de um novo dia, então é o dia perfeito para recomeçar.
Dance, brinque, sorria! Não há no mundo algo que eu ache mais lindo que um sorriso verdadeiro. O sorriso é a alma quente do coração e é capaz de iluminar o dia de muita gente se assim você quiser.
Valorize-se! Se ame, se respeite, converse consigo mesmo! Isso requer muita prática, mais depois de tê-las aperfeiçoado você vai ver como tudo se tornará bem mais simples pra você! O amor tem de partir de dentro pra fora e não o contrário. Enquanto isso lembre: Não prometa o que não pode cumprir. Assim você não falta consigo mesmo e nem com os outros, pra muita gente o tempo passa arrastado. Tente ao máximo não agir levianamente com os outros, então cuidado com o que você diz. As palavras tendem a tornar-se fortes armas num futuro próximo e elas tendem a sempre se virar contra seu feitor.
E há uma última lição, aquela que nunca pode ser esquecida. A receita mais infalível até hoje é uma só: Deixe o tempo passar. O tempo abre e fecha ciclos. Faz recomeçar, esquecer, esperar, aprender. O tempo sabe tudo e vai ensinando aos poucos um pouco de tudo, todos os dias!
Então use essa solução: Cansou? Abandona! Perdeu a graça? Joga fora! Não te fez bem? Apaga, deleta da tua vida! E deixa que as feridas disso tudo, o tempo trata de apagar.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pra certas coisas não existe título...



Um coração inquieto está sempre arrumando a ordem dos amores, o lugar das dores, os espaços em branco e os apetrechos que merecem serem trocados. Às vezes a inquietude do coração muda só pra satisfazer o ego que é alvo do amor; e que nasce, naturalmente, para ser divido em dois, três, cinco. É amor, e não pode existir avareza entre um sentimento que sustenta a alma e debita a saudade de quem não tem, não pode ter ou é poupado de sentir. O coração é divido como cômodos de uma casa em mudança, em reforma. Espaços maiores e menores, decoração em aberto, móveis chegando e saindo, poeira, bagunça, barulho, gente, vazio. O coração, como a casa, tem espaços para serem preenchidos, de preferência, com amor, em proporções maiores ou menores. Com velhas ou novas mobílias.

Sentimento, ainda que sem nome, tem que ser mostrado, ilustrado, escrito ao mundo, foi assim que aprendi com os poetas e poetinhas. Mas como em toda ação, teoria é uma coisa e prática é outra. Natural. E apesar de muito teorizar e pouco praticar essa ação, que mais do que revelar o sentimento ao mundo é ter coragem de expor a emoção a quem lhe pertence ou é direcionado, eu me arrisquei e fui à prática. Bêbada das palavras de um poetinha, beliscando a força de Bethânia e digerindo toda a inspiração de Carpinejar, atravessei a cidade com um único objetivo: viver. Fosse o que fosse. Se fosse pra ser o sorriso, a dor, a ingratidão, a indiferença, o choro, a paixão. Eu fui para o inesperado. Decidi não planejar nada e insistir no sentimento que é meu. Amar, ser apaixonada ou gostar de alguém, sempre deixa o pressuposto de que o outro alguém retribua o sentimento na mesma intensidade. Não. Não tem que ser assim. O sentimento não precisa ser uma troca, as relações sim! Fora isso, o sentimento tem apenas que ser, como quem o carrega. Porque ser é tudo, ou o necessário para que em alguma hora a razão dê sua licença e, então, a emoção faça sua graça. Ousei. Senti. Esperei. Olhei. Toquei. Não falhei. Falei. As palavras vieram naturalmente, como acontece nas conversas entre os melhores amigos. Não usei expressões apaixonantes, meu corpo respondeu apaixonado e sem medo, minha boca sorriu e os olhos transbordaram de emoção, porque minha insistência, que antes, foi tão prejudicial, agora foi o remédio pra curar a insegurança do sentimento de nome paixão. Mas só fui tomada de paixão, porque na bula do remédio estava escrito, “declare-se apaixonado antecipadamente. Depois encontre um jeito de pagar. Ame por empréstimo. Ame devendo. Ame falindo. Mas não crie arrependimentos por aquilo que não foi feito. Sejamos mais reais em nossas dores. Tudo o que não aconteceu é perfeito. Dê chance para a imperfeição. Insista. Não havia como não ser diferente, dei chances a imperfeição e fui feliz, pelo menos naquele instante. Minha ação cheia de sentimentos não vai mudar as ações humanas nem transformar a realidade dos dias seguintes no sonho que foi aquela noite (as noites, as tardes, as manhãs...) de música e certeza, que para viver grandes emoções basta dar chance ao imprevisto. A vida segue, a história continua sendo escrita e a música toca no show (Um amor puro, Garotos, Ilegais, Tudo Certo, Minha Herança: uma flor...) para fazer trilha das lágrimas que escorreram com a emoção do instante, que acima de tudo, é meu.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Confiar...



Confiar é andar na chuva,
mesmo podendo adoecer,
confiar é apostar tudo,
correndo o risco de perder
confiar é dedicar-se
sem medo de fracassar
confiar é ir contra todos
e descobrir o que é amor
confiar é dar espaço
e ter a certeza de que não vão te trair
confiar é decepcionar-se
e mesmo assim não se deixar iludir
confiar é ir atrás,
mesmo quando te dizem não quero mais
confiar é amar com a alma
sabendo que isso não morre jamais
confiar é dizer posso te fazer feliz,
ainda que pense que não tenho razão
confiar é os erros perdoar,
antes mesmo de pedirem perdão!