terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu preciso é de você pra continuar, pra não me perder




Cansado, vejo a vida passar
Meu lugar ao sol, já cansei de esperar
O tempo, faz promessas e eu vou
Ando a toa eu sei pois me falta você
Por que, todo mundo precisa de alguém?
E eu preciso é de você.
Para comigo andar e para me entender
Eu preciso é de você
Pra continuar e tentar não me perder
Entenda, é preciso saber
Sem motivação, é difícil viver
A vida me ensinou a querer
Um motivo só e eu vou lhe dizer
Por que, todo mundo precisa de alguém?
E eu preciso é de você.
Para comigo andar e para me entender
Eu preciso é de você
Pra continuar e tentar não me perder
Por que, todo mundo precisa de alguém?
E eu preciso é de você.
Para comigo andar e para me entender
Eu preciso é de você
Pra continuar e tentar não me perder
Eu só aceito a condição de ter você
Para comigo andar e para me entender...

- Eutac

sábado, 24 de julho de 2010

Borboleta e Mariposa























Esse texto faz parte do livro de contos a ser lançado em Breve pela Ana Angélica, isso, aquela ex - BBB... Jornalista... Mineira... Sim... Sim... Ela!
Angélica conta que alguns textos foram escritos em momentos de sua vida em que "os sentimentos estavam muito aflorados", como o rompimento de um relacionamento, ou quando estava prestes a entrar no BBB. Apenas cinco dos 50 contos que estarão no livro são da fase pós-reality.

Bom, não sei exatamente como, mas eu fiquei muito curiosa e quero um exemplar! Acho digno!


Fonte: EGO

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu estava conseguindo... Até aqui.

Ah, esse post será longo, sim, longo. Foram semanas sem escrever uma linha se quer. Resistindo a sedução de tentar passar para o papel tudo o que me consumia e que me fazia/faz sentir viva. "Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."

Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar... esquece... Não eu não tentei me matar, até porque não tenho coragem pra isso.

Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida.

Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais.

Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus como você me doía de vez em quando... Eu fiquei esperando você numa tarde bem no meio duma praça e então os meus braços não foram suficientes pra abraçar você e a minha voz quis dizer tanta, mas tanta coisa, que eu fiquei calada um tempo enorme só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: meu Deus como você me dói de vez em quando.

Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei, pelo que tentei ser correta. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela.

Acontece, porém que nós não tínhamos preparo algum para dar nome às emoções, nem mesmo para entendê-las e depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.

Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto - destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Fico vivendo uma vida toda pra dentro, lendo, escrevendo, ouvindo música o tempo todo. Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro.

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também. Remar... [re]amar...

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

Preciso entrar com certa ordem no que digo, e dizer de novo, vê se me entendes: ele não se afasta, mas é dentro dele que eu me afasto. Dentro dele, eu espio o de fora de nós. E não me atrevo. Fico quieta. Primeiro que amor deve ser coisa discreta, calada, centrada.

Ser forte é amar em silêncio. Eu estava conseguindo... Até aqui.