sábado, 18 de junho de 2011

FELICIDADE REALISTA (?)

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Mário Quintana
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Recebi este texto em meu Orkut, li... Li mais uma vez e fiquei me perguntando milhões de coisas...
Lembrei-me mais uma vez de uma propaganda de cartão de crédito: O que faz você feliz?
Olha que eu já tentei responder a esta pergunta infinitas vezes e sempre descubro uma resposta nova.
E nunca concordei muito com a ideia de que felicidade é algo constante.
Mas também nunca aceitei que felicidade fossem apenas momentos...
E agora? Eu e meus questionamentos...
Todos passamos por momentos difíceis na vida, isso é verdade, mas outra verdade é que a felicidade é relativa!
Posso falar apenas por mim: felicidade é relativa!
Concordando com Quintana, a felicidade está na plenitude, em sentir-se em paz.
E o que me faz feliz (lembrando a propaganda de cartão de crédito)?
- Acordar todas as manhãs com vontade de viver tudo ao máximo...
- Receber uma ligação com: 'bom dia meu amor!'
- Possuir uma família, que pode não ser perfeita, mas que é a minha. 
- Ter amigos que me ofertam gratuitamente a sua amizade. 
- Ter um trabalho que, além de me permitir fazer o que amo, ainda paga as minhas contas...
É possuir desafios diários que me mostram o quanto eu ainda preciso amadurecer... 

Felicidade é ver nisso tudo motivos pra querer acordar todos os dias e fazer de todas as oportunidades e desafios novos motivos para ser feliz...

E eu estou sentindo toda esta paz!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

...Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte...

"Eu não sou legal, não mesmo. Acho que sempre tenho razão e quando minhas previsões dão certo olho com a cara mais abominável do mundo, dou um sorriso irônico e falo o clássico eu-te-avisei. É que, em geral, eu tenho razão. Essa é a primeira –e mais importante – coisa que você precisa aprender a meu respeito. (...) Não sei receber elogios, fico sem saber o que fazer, me atrapalho e acabo trocando de assunto – quando não troco as pernas e tropeço em algum canto de mim. Sorrio para disfarçar desconfortos. Se eu não gosto de você é bem provável que você tenha medo do meu olhar. E eu posso simplesmente não gostar de você de graça. 
Se eu gostar de você aviso de antemão que você é uma pessoa de sorte. Eu me entrego. Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito."

(Clarissa Corrêa)

domingo, 5 de junho de 2011

Ainda faltam coisas a serem ditas, (bem) ditas (benditas)


Eu nunca sei quando vai ser fácil escrever um texto. Algumas vezes simplesmente a vontade surge e eu fujo dela até que passe... Mas quase sempre ela não passa. Esta é uma delas... Tenho fugido infinitas vezes nas últimas semanas. Escrever pra mim é sempre um ato de despir-me. De olhar-me da forma como sou ou pelo menos da forma que penso ser.

Tenho lido bastante e lido de tudo, como sempre, mas nada tem prendido muito a minha atenção, mas as músicas, estas sempre são companheiras... Hoje a minha “dose de Clarice Lispector” afirmou o que eu já sabia: “Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.” Talvez, por estar vivendo em tamanha felicidade eu tenha deixado de estar ao lado de outras pessoas, de ter tido conversas que venho adiando e muitas outras coisas... Ou talvez, seja apenas a vida desenhando os rumos à sua maneira...

Alguns amigos estão me fazendo bastante falta, mas como lidar com pessoas, pensamentos e atitudes tão diferentes? Meus amigos sempre foram parte do que sou e se perco algum destes é como se eu perdesse uma parte de mim também... Talvez eu nunca tenha lhes falado o quanto são importantes, mas certamente sentiam isso... E o fato de eu não os procurar não quer dizer que eu não me importe ou que não sinta saudades, mas as pessoas precisam de tempo às vezes pra compreender que somos diferentes e as escolhas que fazemos também, mas isso não faz de nós seres estranhos...

Poderia encerrar por aqui, mas mesmo sem saber o que mais devo dizer, ainda faltam coisas a serem ditas, ‘(bem) ditas (benditas)’... Enfim, sem querer expor ninguém... Sinto falta de VOCÊS!

Apesar de tudo, tenho achado ultimamente a vida muito boa de ser vivida (Caio Fernando Abreu).