terça-feira, 6 de setembro de 2011

Amigo é o que suporta a tua felicidade!

Depois de muito ler, de muito escutar... Entrego-me mais uma vez às palavras, nem sempre minhas, mas endereçadas a mim quando delas preciso.

“Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida eu tô de bem. - Caio Fernando Abreu.”

Estas palavras do Caio foram um alento... Sabe quando a vida dá aquele giro de 180 graus? (180 graus não foi intencional e nem faz parte de algum trocadilho tosco). Pega você e joga lá do outro lado?! Ainda tô no meio do caminho, tô sentindo o frio na barriga que o medo de altura me trás... Se cairei de pé feito um gato ou se aos pedaços como uma taça de cristal, ainda não sei, o medo não me deixa pensar muito. Isso porque antes mesmo de cair eu penso em como será o encontro com o chão...

Ter as pessoas que eu tenho ao meu lado e ter as que vão se chegando está sendo tão importante neste momento que eu começo a apurar o ouvido pra saber a que altura estou do chão pra calcular a queda: de pé, feito um gato.

Eu sei que muita gente aposta em mim, aposta no que eu sou. E de nada eu me arrependo. Hoje escutei uma entrevista que dei meses atrás a amiga/cantora/radialista/mãe Fafá e chorei horrores, feito um bezerro desmamado... Escutar “Sonhos de um palhaço” e “Pescador de Ilusões” me fez (re) lembrar que todos os dias nós somos postos à prova, que todos os dias nós precisamos levantar de cabeça erguida e lutar (pacificamente) pelos nossos sonhos.

“Já caí inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais”. Clarice Lispector.

Não posso calcular as graças que Deus tem me presenteado... Paciência? Eu nunca imaginaria que um dia a possuiria... Logo eu: tão intensa, tão ávida por vida, tão imediatista... Logo eu... E tenho agradecido a Deus por tudo: pelas bênçãos que ele já me presenteou e agradecendo muito mais pelos desafios, pelos obstáculos, pelas dificuldades... Pois sem eles eu continuaria sendo a mesma. Sem eles eu não evoluiria...

Tenho muito a gradecer a cada uma das pessoas que me chega com uma palavra de incentivo, seria até injusto citar nomes, por isso não o farei, mas tenho entendido o sentido de muitas coisas... Costumamos dizer que amigos de verdade são os que estão ao seu lado em momentos difíceis. Mas não! Amigos verdadeiros são os que suportam a tua felicidade! Porque em um momento difícil qualquer um se aproxima de você, mas o seu inimigo jamais suportaria a sua felicidade! (Padre Fabio de Melo)

“Mas fique tão tranquilo — e humilde, e confiante — quanto possível. É só uma fase, só um estágio. Vai passar”. – Caio F. Abreu.

Ontem em entrevista a amiga/radialista/mãe Clene eu percebi o quanto eu mudei... E olha que momentos antes eu quase desisti de ir... Coração machucado... Cabeça cheia de coisas... Mas fui! Quando ela me perguntou o que é felicidade, eu me lembro de ter respondido: “Eu tenho aprendido tanto com a vida nos últimos tempos, que hoje eu posso dizer que a minha felicidade está na saúde da minha família, das pessoas que eu amo, no abraço cheio de saudade que dou/ganho quando encontro meu amor. Ela está na realização do meu trabalho, está na caridade que faço de boa vontade, está principalmente na oportunidade que Deus me dá de ajudar meus irmãos e na oportunidade de aprender algo todos os dias”.

Então não tenho do que reclamar... Participo da vida do jeito mais intenso que é possível. Entrego-me de coração à minha família, ao meu amor, aos meus amigos, ao meu trabalho, a Deus... Mesmo com os últimos acontecimentos, com o choro que chega vez e outra, a saudade que dá diversas vezes ao dia da convivência, do sorriso, das conversas, das brincadeiras, eu sei que por trás da dor que sinto, virá algo de muito bom, como um arco-íris depois da chuva.

Picos, 05.SET/2011

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