domingo, 6 de novembro de 2011

(...)Assim como eliminamos o amor, também o cultivamos(...)

É possível encontrar na Terra um casal perfeito? Um par feliz, em que cada um, com as suas possibilidades, complete o outro sem exigências, sem ferir e magoar? Podemos dizer que um casamento perfeito pressupõe a união de duas pessoas perfeitas. Porém, isso é impossível aqui em nosso mundo, ainda tão atrasado espiritualmente. 
No entanto, não obstante os defeitos que ainda predominam em nossa sociedade, sabemos de casais que vivem muito bem e gozam de uma relativa felicidade, já que a felicidade total só conheceremos em outro Mundo, conforme nos disse o Cristo. Esses casais felizes são pessoas comuns que lutam com dificuldades profissionais, familiares, e até mesmo íntimas, porém, possuem o firme propósito de alcançarem a paz junto ao cônjuge e com as pessoas que os rodeiam. Então, é possível encontrar a harmonia no casamento? Sim. É possível. 
Acrescentemos ainda que o começo de tudo é nos conscientizarmos de que, assim como eliminamos o amor, também o cultivamos. Devemos empreender esforços rumo a essa plantação que será cultivada dentro de nós, em nosso coração, todos os dias, com carinho e atenção, respeito e tolerância. 
A harmonia conjugal é obra de compreensão e respeito mútuo. O casal feliz é aquele que encontra tempo par amar. As horas divididas a dois somam muito, na estabilidade emocional de ambos. Os cônjuges que não têm tempo um par o outro viverão em mundos diferentes, particulares, e quase nada realizarão juntos. Quando isso ocorre, depois de alguns anos serão dois estranhos que vivem sob o mesmo teto, unidos apenas por um papel, sem que se amem verdadeiramente. 
Matrimônio feliz é aquele que tem por base o amor e a amizade sincera. Outro fator importante para a felicidade conjugal é a cumplicidade. Esse sentimento deverá alcançar todas as situações da vida. Isto significa gostar do jeito do outro, admirar suas realizações, vibrar com seus afetos, perdoar seus erros, empenhar-se em seus projetos, sofrer com as suas dores, repartir as derrotas, enfim, serem unidos de verdade. 
Quando o casal se une de verdade, as vitórias acontecem mais facilmente. E mesmo que haja derrotas, as lágrimas derramadas serão motivos para leva-los a encarar a oportunidade sem culpas e acusações. Casamento não é constituído por adversários, mas se isso ocorrer, a melhor forma de recuperar a união é tornar o outro nosso amigo parceiro. 
Não devemos, no casamento, lutar a fim de impor somente a nossa vontade, para satisfação do nosso ego. Ao contrário de vencer, é preferível e os dois saiam vencedores. Precisamos, também, descobrir a alegria de doar e não somente receber. E se nos casamos é para fazer o outro feliz, também. Casal feliz é aquele que se doa mutuamente. 
Enfim, podemos enumerar vários outros ingredientes, para que obtenhamos a felicidade conjugal, mas certamente com amor acharemos nossos próprios caminhos e conseguiremos êxito em nossa convivência. Basicamente saibamos que, informados de todas essas virtudes, nada obteremos sem que elas sejam colocadas em prática, incansavelmente, até os últimos dias de nossa convivência a dois. Devemos acreditar, sempre, que poderemos ser felizes. É com essa finalidade que aqui estamos. E seremos, se assim o quisermos.
 
(Jamiro dos Santos Filho, tirado daqui)

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