Imploro-lhe que não se vá. Não me deixe sentada nesse asfalto frio e sem vida da saudade. Lembre-se que sou humana e também choro, mas pense que, mesmo você valendo cada lágrima que derramo, eu preferiria não ter que chorar. Pense no tempo que eu vou demorar para jogar fora tudo que me lembra você. Peço perdão por cada vez que esqueci de te fazer sorrir.
Eu sei que não é fácil compreender. Eu entendo bem você.
Só entenda uma coisa: Preciso de você quando meus cadarços desamarrar...
Quando for prender meu cabelo e minhas mãos estiverem ocupadas...
Quando a minha bolsa estiver pesada demais e caindo do ombro...
Preciso de você pra ter alguém de quem eu possa me orgulhar...
Alguém pra me animar pra festa...
Pra me proteger...
Pra sentir ciúmes...
E me prometer coisas gostosas... Só prometer...
Entende isso. Eu quero você pra brindar comigo os meus 24 anos, os 30, os 50 e quantos mais eu durar...
Do seu olhar romântico e desse seu coração sem tamanho (me empresta?)...
De você dizendo que me ama...
De você comigo e eu totalmente com você!
Quando você for, leva embora a minha saudade. Deixa no lugar, qualquer coisa com seu cheiro, para enganar a dor. Até ela dormir. Quando acordar, que ela perceba lento sua falta e consiga até sorrir. Para não chorar. Para não querer sem ser possível. Para não doer em mim mais tarde. No fim da dor, fica a ponta de esperança. Fica o daqui a pouco. Fica o restinho da sorte. Fica o nublado. O sem contorno. O oco. Aos poucos, você. Sua fala doce. Seus olhos verdes da cor de vida. O que faltava em mim, finalmente me encontra. Eu tenho vontade de ficar te olhando, até que a chuva pare. Desejando, que dure para sempre. Molhando assim, nossas palavras. Nossa falta de juízo. Nosso não saber. Toda nossa vontade e incertezas. Na hora de ir, demora. Demora encontrar o que é meu em você e o que você deixou
Devolvemos
(não esquece que te amo muito. Principalmente, quando você não está perto.).
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